Não é novidade para ninguém que as dietas restritivas são as que mais reduzem o peso em um curto período de tempo. Dieta sem carboidrato, dieta de baixa caloria, dieta do suco, dieta da sopa, basta colocar nos sites para encontrar diferentes nomes e protocolos.
Mas se essas dietas “funcionam”, porque a obesidade está aumentando? O que de fato ocorre com o metabolismo e com o psicológico das pessoas? Já param para pensar? Será que essas dietas são eficazes na manutenção do peso perdido? Por que é tão difícil manter o peso? Quais perigos do “efeito sanfona”?
Alguns estudos já mostram que dietas restritivas com alterações severas do peso corporal reduzem o metabolismo basal (não somente devido à uma perda na massa magra, mas também pela maior eficiência do corpo em utilizar energia dos alimentos) e desregulam alguns hormônios de fome e saciedade como por exemplo a leptina.
Não podemos deixar de falar também nos efeitos psicológicos da dieta restrita como alterações de humor, ansiedade, frustrações (pela negação aos alimentos desejados), isolamento social, dificuldade de concentração e obsessão por comida. Quem nunca iniciou uma nova dieta e começou a ter desejos de alimentos específicos?
Devemos dar mais atenção a COMO as pessoas comem, PORQUE as pessoas comem. E as dietas não restritivas? Por que não funcionam para todo mundo? A prescrição de dietas por si só não garante que o paciente vá seguir as recomendações. O conhecimento sobre alimentação saudável, importância de nutrientes e malefícios do consumo excessivo de açúcares por exemplo também não garante que a pessoa vai aderir um estilo alimentar saudável e mudar seu comportamento alimentar. A escolha alimentar de cada um vai além de tudo isso, as pessoas comem por prazer, comem quando estão tristes, ansiosas ou porque estão felizes. O profissional nutricionista deve focar não somente em O QUE devemos comer, mas também deve entender PORQUE comemos e COMO comemos.
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